Transtornos alimentares: Bulimia
Olá, o assunto é delicado, mas muito importante conhecer os tipos de transtornos, podendo ajudar algum amigo ou parente que pode apresentar essas características.
Essa é a segunda matéria da série, que fala dos transtornos alimentares mais comuns e tem como autora a Psicóloga Comportamental Leticia de Oliveira, que gentilmente, compartilhou seus conhecimentos e experiências conosco.
O que é: A bulimia é um transtorno alimentar aonde as principais características são os episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios para evitar o ganho de peso. As pessoas que sofrem de bulimia vivem em um circulo vicioso de compulsão-purgação. Na sua maioria os pacientes com bulimia estão dentro da faixa de peso normal, embora alguns possam estar com um peso levemente acima ou abaixo deste. Existem indicações de que antes do início do transtorno alimentar, os pacientes com bulimia estão mais propensos ao excesso de peso. A bulimia apresenta uma prevalência no sexo feminino, 90 a 95%. A doença se manifesta mais tarde do que na anorexia, por volta dos 18 a 20 anos.
Sintomas:
• Medo de engordar
• Alimentação compulsiva (incapacidade de controlar tais episódios)
• Peso normal
• Os períodos menstruais tornam-se irregulares
• Uso excessivo de laxantes e/ou indução do vômito
Causas: Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é uma síndrome multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. A ênfase cultural na aparência física pode ter um papel importante. Problemas familiares, baixa auto-estima e conflitos de identidade também são fatores envolvidos no desencadeamento desses quadros.
Tratamento:
A abordagem multidisciplinar é a mais adequada no tratamento da bulimia nervosa, e inclui psicoterapia individual ou em grupo, farmacoterapia e abordagem nutricional em nível ambulatorial.
As técnicas cognitivo-comportamentais têm se mostrado eficazes.
As medicações antidepressivas também têm se mostrado eficazes no controle dos episódios bulímicos.
A abordagem nutricional visa estabelecer um hábito alimentar mais saudável, eliminando o ciclo "compulsão alimentar/purgação/jejum".
A orientação e/ou terapia familiar faz-se necessária uma vez que a família desempenha um papel muito importante na recuperação do paciente.
Obrigada Dra Leticia!
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